segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

COCO DE RODA, DE ZAMBÊ OU DE EMBOLADA, É COM O GRUPO COCO DO CALEMBA!!!

IMAGEM: Atonio Camara.

O Grupo Párafolclórico Coco do Calemba sob a direção e coordenação do designe e coreógrafo Victor D’Melo surgiu em 2008, na perspectiva de reavivar as manifestações populares do município de São Gonçalo do Amarante, Berço da Cultura Popular. A intenção do Coreografo é revitalizar em parceria com a juventude local, o ritmo e a música do Grupo de Raiz (da Melhor idade) o BAMBELÔ DA ALEGRIA e outras músicas (de Coco) de domínio público da cultura do Estrado do Rio Grande do Norte.

IMAGEM: Internete.

Segundo Câmara Cascudo, ele próprio, batizou de Bambelô, o Coco de Roda de São Gonçalo do Amarante/RN para diferenciar dos outros grupos do Estado. O coco não é um ritmo que vem apenas da divisa de Alagoas com Pernambuco. O Rio Grande do Norte tem Grupos na cidade de Canguaretama e na Comunidade de Cunhaú; o Pau furado em Macaíba/Capoeiras/comunidade Quilombola sob a direção do Mestre Deba. Na Cidade de Bom Jesus; no Sítio Pêga em Portalegre; E ainda existe outro grupo de Coco, denominado de MANERO PAU em Igreja Nova, comunidade pertencente a São Gonçalo do Amarante. Há que diga que Coco significa cabeça, (cuca organizada) de onde vêm as músicas, de letras simples. Com influência africana e indígena, é uma dança de roda acompanhada de cantoria e executada em pares, fileiras ou círculos durante as festas populares do litoral e do sertão nordestino.

IMAGEM: Antonio Camara.

Recebe várias nomenclaturas diferentes, como coco-de-roda, coco-de-embolada, coco-de-praia, coco-do-sertão, coco-de-umbigada, e ainda outros o nominam com o instrumento mais característico da região em que é desenvolvido, como coco-de-ganzá e coco de zambê. Cada grupo recria a dança e a transforma ao gosto da população local. O som característico do coco vem de quatro instrumentos (ganzá, surdo, pandeiro e triângulo), mas o que marca mesmo a cadência desse ritmo são os sons das palmas das mãoas e a batida do pé no chão.

IMAGEM: Martin Musicante.

Em alguns lugares usam um tamanco de madeira quase como um instrumento de percussão. Alguns pesquisadores afirmam que a dança se deu origem nas senzalas por ocasião da diversão e o namoro dos casais negros, uma vez que eles não tiam diretos ás festas realizadas pelos senhores de engenho, apenas trabalhavam. Há também quem afirme que a maioria dos Grupos de coco de roda nasceram em comunidades de catadores de coco, principalmente nas comunidades de praia, pelo fato de ser uma fruta que veio da Africa, pelo mar, formando um semi-círculo de coqueiros na areia. E como os negros iam catar os cocos, as negras iam assediá-los para criarem a sua brincadeira, a sua diversão, e aí surgiu o repente, a embolada, e o rítimo. Os negros, na dança, ficam de joelhos enquanto as mulheres ficam em um plano superior, adimirando seus tóraxes masculinos, joviais e musculosos. Acredita-se que a cor de suas vestimentas são neutras ou tons pastéis de tecido rústico de algodão, considerando que os negros teavam seus próprios tecidos e não tinham direitos as cores primárias porque as cores fortes eram destinadas á Corte. Sendo assim, podemos afirmar que neste caso, os nossos negros das senzalas, ficavam com a aparência mais pobre e sem direito algum...

IMAGEM: Antonio Camara.

5 comentários:

  1. gostaria de receber um email para apresentação de um projeto para o grupo.
    dandanttas@gmail.com

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  2. Já te enviei nosso E-mail para a apresentação de seu projeto. Estamos aguardando.

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  3. Gostaria que pudessem me enviar um vídeo com essa dança.. Queremos apresentá-la mas estamos com dificuldades...

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  4. Gostaria que, se possível, vocês me enviassem alguma música de Coco. Na verdade gostaria muuito porque vou apresentar um trabalho e tenho que ter essa musica. jscarlinhos97@gmail.com

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