No dia 22 do mês de agosto de 2010 comemoramos o dia Nacional do Folclore. A festa teve inicio bem cedo, quando saímos as 05:00 horas da matina, para uma entrevista ao vivo nos estúdios na INTER-TV CABUGI, associada da Rede Globo. Logo em seguida retornamos para São Gonçalo do Amarante/RN onde participamos de um café da manhã promovido pela Prefeitura Municipal de São Gonçalo no Teatro Municipal Poti Cavalcante, onde vários artistas reuniram-se para comemorar esta data tão especial da nossa cultura.
Durante a noite ainda no Teatro Municipal Poti Cavalcante, estreamos o espetáculo “Ritmos e Folguedos Populares”, onde mostramos para o publico que lotou o teatro, um pouco da nossa cultura popular que tão rica e bela. Fazendo a abertura do espetáculo o ator Gleydson Almeida deu um show de interpretação e encantou a todos com seu talento, logo em seguida Bailarinas do EDTAM, Escola de Dança do Teatro Alberto Maranhão, flutuaram sob os olhares da platéia encantada com tanta leveza e delicadeza interpretadas no clássico BRASILEIRINHO.
Homenagem ao Boi de Reis Pintadinho que é a herança de nossas raizes e deve ser investigado e instigado, reconhecido e incentivado, arte de um povo sofrido e desgastado pela falta de uma politica pública para os grupos folcloricos.
Em seguida o Frevo, marca registrada do carnaval pernambucano, o frevo nasceu no Recife. Musicalmente, originou-se do repertório das bandas militares na segunda metade do século XIX, misturando-se aos ritmos do maxixe, da modinha, da polca, do tango, da quadrilha e do pastoril.
Com o tempo, o frevo ganhou características próprias, sendo acompanhado por passos da capoeira, gerando alguns movimentos característicos como a tesoura, dobradiça, ferrolho, abanando e pernada. A partir de 1930, o frevo pernambucano passou a ter três estilos: frevo-de-rua, frevo-de-bloco e frevo-canção.
Para homenagear os negros falamos do Candomblé que é um designativo para diversos cultos, intitulados nações em que há o cultivo dos orixás. Sendo de origem totêmica e familiar, é uma das religiões afro-brasileiras praticadas principalmente no Brasil, pelo chamado povo do santo, mas também em outros países como Uruguai, Argentina, Venezuela, Colômbia, Panamá, México, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha.
A religião que tem por base a anima (alma) da Natureza, sendo portanto chamada de anímica, foi desenvolvida no Brasil com o conhecimento dos sacerdotes africanos que foram escravizados e trazidos da África para o Brasil, juntamente com seus Orixás/Inquices/Voduns, sua cultura, e seu idioma, entre 1549 e 1888.
Coco significa cabeça, de onde vêm as músicas, de letras simples. Com influência africana e indígena, é uma dança de roda acompanhada de cantoria e executada em pares, fileiras ou círculos durante festas populares do litoral e do sertão nordestino. Recebe várias nomenclaturas diferentes, como coco-de-roda, coco-de-embolada, coco-de-praia, coco-do-sertão, coco-de-umbigada, e ainda outros o nominam com o instrumento mais característico da região em que é desenvolvido, como coco-de-ganzá e coco de zambê. Cada grupo recria a dança e a transforma ao gosto da população local.
O som característico do coco vem de quatro instrumentos (ganzá, surdo, pandeiro e triângulo), mas o que marca mesmo a cadência desse ritmo é o repicar acelerado dos tamancos. A sandália de madeira é quase como um quinto instrumento, se duvidar, o mais importante deles. Além disso, a sonoridade é completada com as palmas.
Existe uma hipótese que diz que o surgimento do coco se deu pela necessidade de concluir o piso das casas no interior, que antigamente era feito de barro. Existem também hipóteses que a dança surgiu nos engenhos ou nas comunidades de catadores de coco.